A cada duas semanas, as crianças se reunem para cantar ao som de violão, tambor e chocalhos. Mesmo aquelas que precisam andar com o pedestal de soro não deixam de participar. Já os que não conseguem deixar o leito recebem a visita de músicos para cantar dentro do quarto.
"Quando tratamos das crianças, não estamos cuidando só de um órgão que não está funcionando, precisamos acolher os pacientes integralmente. Esse trabalho injeta vida no hospital", diz o coordenador de Educação e Cultura do Pequeno Principe, Cláudio Teixeira.
O músico Itarcio Rocha trabalha com crianças internadas e familiares no Hospital Infantil Pequeno Príncipe, em Curitiba
As atividades artísticas são conduzidas pelos músicos e arte-educadores Itaercio Rocha e Thayana Barbosa, que agora trabalham na gravação de um CD, que contará com músicas compostas pelas próprias crianças durante as oficinas do projeto, chamado "Cancioneiro do Brasil".
"Nós trabalhamos com canções de todos os lados do país, como a ciranda e a congada, e as crianças passaram a criar novas letras a partir do que cantavamos. Uma delas homenageia a varredeira que limpa o quarto deles, outra fala de animais", diz Rocha.
Para o arte-educador, o mais importante é proporcionar o contato das crianças e dos familiares com a arte, mas as oficinas acabam tendo função terapêutica.
No ano passado, foram registradas em torno de 25 mil internações nos 390 leitos do Pequeno Príncipe, que realiza transplante de órgãos e tratamentos contra cancer e outras doenças graves.
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