Wednesday, August 27, 2008

Neurociência E Meditação


A Neurociência tem estudado as reações do cérebro em estado de relaxamento e descobriu que e possível, sim, melhorar sintomas de doenças ligadas a atividade cerebral por meio da prática meditativa. O psicólogo e mestre em Neurociências pela Universidade de Sao Paulo (USP), Leonardo Mascaro, partiu da teoria sobre frequências das ondas cerebrais e desenvolveu uma série de exercícios para fazer com que as pessoas consigam entrar em estado de meditação.


Os resultados desta prática, segundo Mascaro, são fisiologicamente explicados e capazes de melhorar sintomas de estresse, síndrome do pânico, dificuldade de concentração e diversos outros problemas neurológicos e psicológicos.

As descobertas científicas mais recentes da Neurociência, de acordo com ele, vem demonstrando que o cérebro e extremamente plástico e que treinamentos – mentais e neurológicos – podem produzir modificações tanto na estrutura quanto no funcionamento desse órgão vital. Mascaro assina o livro A Arquitetura do Eu – Psicoterapia, Meditação e Exercícios para o Cérebro, no qual explica como a meditação pode facilitar a experiência de expansão da percepção e consciência, trazendo bem-estar, equilibrio e paz interior.


O relaxamento produz benefícios variados, tanto físicos quanto mentais, mas sua principal função é fornecer a base para que a meditação possa acontecer. O relaxamento ativa um ramo do sistema nervoso chamado parassimpático, que reorganiza o arranjo das frequências cerebrais, principalmente no que diz respeito as ondas beta que, para que a meditação possa ocorrer, devem ter sua amplitude reduzida – o que ocorre com o relaxamento.


O que estas pessoas estão fazendo, na verdade, e alimentar uma auto imagem que funciona como um programa “rodando” no hardware de seus cérebros, cobrando sistematicamente de seus sistemas nervosos a manutenção de um estado de alerta e prontidão constantes. Isso leva a um estado de estresse orgânico, que faz com que as glândulas supra-renais sejam constantemente estimuladas, liberando corticóides na corrente sanguínea, que vão abrindo grandes janelas para a atuação dos radicais livres em áreas bem demarcadas do cérebro, causando destruição e perda de neurônios. Assim, ocorre um agravamento do quadro de estresse, que estimula mais e mais estes eventos fisiológicos, levando a perdas funcionais efetivas, de memória, da capacidade de aprendizagem e, não menos importante, do equilíbrio emocional.

Isso pode ou não produzir diferença. Mas esta estratégia, em si, é limitada e não produz o conjunto de mudanças que podem em última instância levar a resultados permanentes e significativos em sua vida.

Você cita no livro que há pessoas que passam anos dizendo que fazem meditação. quando realmente não conseguem. Quais são os sinais que o corpo dá de que realmente alguem entra em estado de meditação?
Além do relaxamento muscular, há outros indicativos fisiológicos, também objetivamente mensuráveis, que demonstram que uma pessoa esta no estado de meditação. O primeiro deles e a mudança na atividade do sistema nervoso autõnomo – o que e médido pela resistência elétrica da pele. Finalmente, as frequências cerebrais se reagrupam de modo a produzir um padrão elétrico característico, em que há maior produção de ondas alfa e theta, com a correspondente redução de beta. Do ponto de vista da experiência subjetiva, há, além do relaxamento, um desligamento do diálogo interno e diminuição significativa do raciocínio. Ao invés de pensarmos ou, como se diz, meditarmos a respeito de, por exemplo, compaixão, entramos no estado subjetivo da compaixão dentro de nós, experimentando-a diretamente.

Você diz que o estado comumente chamado de alfa não é o de verdadeiro relaxamento. Então qual a diferença entre o estado alfa e a verdadeira frequência cerebral de relaxamento ?
O estado de relaxamento é, sim, caracterizado no cérebro por uma intensa produção de ondas alfa. No entanto, é importante não confundir relaxamento com meditação. As pessoas tendem a acreditar que meditar é entrar em alfa. Alfa é apenas uma das frequências cerebrais componentes da configuração de ondas elétricas que definem o estado de consciência do verdadeiro meditar. Alfa, nesta configuração, tem o papel de fazer a ponte entre beta (nosso consciente racional) e theta (nosso subconsciente, no qual vamos ter acesso a nossa criatividade, nossos conteudos emocionais, nossas memórias, bem como a tudo aquilo que nós constrói em nossa personalidade). A presença de alfa, portanto, é essencial para acessarmos as profundezas de nossa mente, mas, sozinha, isto é, sem o correspondente aumento de ondas theta, esta frequência produz apenas relaxamento e uma profusão de imagens mentais sem significado ou sentido.

Quanto tempo diário a pessoa deveria dedicar para conseguir atingir o verdadeiro estado de relaxamento?
O verdadeiro estado de meditação (e não de relaxamento), para a maioria das pessoas, e alcançado somente a partir de treinamento sistemático, o que pode produzir resultados já nas primeiras sessões de meditação ou, dependendo da pessoa, demorar algumas semanas de prática constante. O tempo de treino, desde que adequadamente orientado, e definido pela própria pessoa. O importante é não permitir que a prática se torne cansativa ou extenuante. Ter prazer e fundamental.

Basicamente, o que se consegue controlar com os exercícios na nossa fisiologia?
Vários são os estudos que demonstram maior controle de uma série de funções fisiológicas, como a temperatura corporal ou a frequência cardíaca. No entanto, o objetivo deve ser aprender a exercer o domínio das funções psicológicas, já que, enquanto no controle a um gasto de energia considerável para manter uma certa ordem, no domínio, tudo o que é necessário é uma decisão: eu quero, eu faço e assim permanece. O auto domínio, juntamente com a mudança no estado de consciência, é a verdadeira meta da meditação, levando a mudanças profundas da consciência, produzindo benefícios tanto para a pessoa quanto para aqueles que com ela convivem.

Sunday, August 24, 2008

Cientistas Extraem Células Tronco De Siso


Pesquisadores japoneses anunciaram ter extraído células tronco do siso de uma menina de dez anos de idade, sugerindo que o dente do juizo pode ser uma fonte de células terapêuticas no futuro, em alternativa aos embriões humanos.A célula tronco capaz de se desenvolver fora do corpo e dar origem a outras foi identificada em um experimento do estatal Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avancada (AIST, na sigla em inglês) do Japão.

No experimento, a célula foi extraida de um siso que ficou congelado por três anos e utilizada para criar outras para tratar problemas de fígado.

Segundo os cientistas, a vantagem da técnica e que ela contorna problemas éticos associados a extração de células-tronco de embriões humanos.

Em vez disso, o material e obtido de dentes do siso descartados, que podem ser facilmente congelados e estocados.

Os pesquisadores estimam que em cinco anos o metodo poderia estar disponível para uso clínico em terapias de recuperação dos tecidos, como doenças ósseas congênitas e disfunções hepáticas.

Nos Estados Unidos, dentistas ja oferecem o serviço de extrair e estocar células tronco obtidas a partir de sisos descartados ou dentes de bebes - outra potencial fonte para células terapêuticas no futuro.

Fonte: BBC Ciência e Saúde

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Celulas tronco são extraidas de ossos

Thursday, August 21, 2008

Teste Detectara Cancer De Pele Pelo Cheiro


Cientistas identificaram odor de tumor e querem criar nariz eletrônico para diagnose.


Cientistas americanos dizem estar próximos de criar um exame que identificara o cancer de pele pelo cheiro.

Apresentando seu estudo no congresso da American Chemical Society, na Filadélfia, os pesquisadores do Monell Chemical Senses Center disseram ter conseguido identificar o "perfil de odor" do cancer de pele.


Eles recolheram amostras de ar em torno de células de carcinoma - um tipo comum de cancer de pele - e constataram que elas eram diferentes de amostras do ar encontrado em torno da pele saudável.

Segundo os cientistas, seu estudo abre caminho para exames baratos e indolores a base de sensores ou escaneadores manuais.


O objetivo e identificar o cancer de pele antes de que haja qualquer sinal visível, como as temidas pintas, dizem os pesquisadores.
Enquanto isso, na Gra-Bretanha, uma equipe de pesquisadores tenta treinar cachorros para detectar vários tipos de cancer cheirando amostras de urina.


A ideia de identificar doenças com base em odores característicos não é nova na medicina. Há séculos, médicos vem usando seu olfato para detectar sinais de doenças - hálito adocicado indica diabetes, odor putrido emitido por uma ferida e sinal de que há infecção.

A americana Michelle Gallagher e sua equipe usaram técnicas avançadas de cromatografia para analisar o ar em torno de tumores de 11 pacientes diagnosticados com carcinoma.
Eles compararam o perfil das substâncias químicas detectadas no ar acima dos tumores a perfis de amostras de ar em torno da pele de 11 individuos saudáveis.

"As mesmas substâncias químicas estão presentes, mas em áreas onde há cancer de pele a quantidade de algumas substâncias aumenta, enquanto outras diminuem em comparação com indivíduos saudáveis", disse Gallagher.


A pesquisadora não quis dar detalhes sobre as substâncias encontradas, dizendo que sua equipe esta tentando patentear sua técnica.

Os cientistas planejam obter perfis de odor de todas as formas de cancer de pele e combiná-las com a tecnologia emergente de sensores eletrônicos - ainda em desenvolvimento - para identificar odores químicos.


Gallagher disse que tem em mente uma espécie de "varinha de condão" contendo um nariz eletrônico que pode ser movimentada sobre a pele e que vai emitir um som quando um cancer for detectado - um sistema semelhante ao tricorder médico da série Guerra nas Estrelas.

Atualmente, o cancer de pele e diagnosticado a partir de biopsia - analise de uma amostra de tecido retirada da pinta ou lesão -, um processo lento e doloroso.

Cães Detectores

A dermatologista Carolyn Willis, pesquisadora do Amersham Hospital, no condado de Buckinghamshire, Inglaterra, está tentando desenvolver um exame para cancer baseado nos mesmos princípios, mas que usa um sensor vivo: o nariz de cachorro.


Sua equipe treinou cães para identificar mudanças sutis no odor de urina que podem indicar o cancer na bexiga.

Os cientistas esperam detectar tambem canceres da prostata e de pele.
Willis disse que o nariz do cachorro e um dos instrumentos mais sensveis disponíveis e tem a vantagem de estar ligado a um cérebro já programado para identificar diferentes padrões de aroma.

" O teste com cachorros tem grande potencial como instrumento de detecção", disse Willis. "A identificação destes compostos orgânicos voláteis pode fazer uma grande contribuição para a diagnose".´


"É uma forma não invasiva e simples de detectar doenças".
Entre outros projetos baseados no mesmo princípio em desenvolvimento no mundo hoje estão uma técnica que analisa a composição do ar exalado para identificar substâncias químicas emitidas por tumores do pulmão.

Tuesday, August 19, 2008

Ter Esperança: Estudos Mostram que "Terapia da Esperança" Combate Depressão


ScienceDaily (Aug. 19, 2008) — Um conjunto crescente de investigações sugere que há uma forma potente de combater os sintomas de depressão sem envolver a obtenção de uma receita médica.

Que arma potente é esta ? Esperança.

"Estamos descobrindo que a esperança está consistentemente associada a poucos sintomas de depressão. E a boa notícia é que a esperança é algo que pode ser ensinado, e pode ser desenvolvido em muitas das pessoas as quais dela necessitam ", disse Jennifer Cheavens, professora adjunta de psicologia na Ohio State University.
Cheavens e Laura Dreer da Universidade de Alabama em Birmingham discutiram algumas das mais recentes pesquisas sobre como a esperança pode combater a depressão durante um simpósio na reunião anual da Associação Americana de Psicologia em Boston sabado 16 de agosto.

Cheavens usa a técnica de medir esperança nas pessoas através de um questionário com 12 itens desenvolvido pelo seu mentor, o falecido CR Snyder, da Universidade de Kansas. Nesta medida, a esperança tem dois componentes: um mapa ou um caminho para conseguir o que a pessoa quer, e a motivação e força para seguir esse caminho.

"Se você acha que sabe como obter o que você
 quer na vida, e que você tem vontade de fazer com que isso aconteça, então você tem esperança", disse Cheavens.

Esperança é diferente de otimismo, o qual é uma expectativa generalizada que coisas boas irão acontecer, disse ela. A esperança envolve ter metas, juntamente com a vontade e o plano para alcancá-los.

O potencial da esperança, como uma maneira de lutar contra a depressão é visível em um estudo recente de pacientes e cuidadores que Cheavens discutiu em sua apresentação .

Neste estudo, Cheavens e Dreer examinaram 97 adultos, a maioria com mais de 60 anos de idade, que tinham sido diagnosticados com degeneração macular ou outras condições que fariam com que perdessem a visão.

Os investigadores analisaram as medidas de esperança e de depressão nestas pessoas com baixa visão, juntamente com seus cuidadores.

Como esperado, os pesquisadores encontraram que, em geral, os cuidadores eram mais susceptíveis a ter sintomas depressivos significativos se os próprios pacientes tinham sintomas de depressão.

Mas cuidadores que pontuaram mais nas medidas de esperança mostraram menos sintomas depressivos, mesmo se as pessoas que eles cuidassem fossem deprimidas. Cuidadores com um nível alto de esperança tambem apresentaram maior satisfação com a vida, e sentiam pouco sentimento de carga ou peso.

"A esperança parece ser a protetora de quem cuida", disse Cheavens.

A boa notícia e que a esperança e algo que pode ser desenvolvido nas pessoas, disse ela.

Em um estudo publicado na Jornal Pesquisa de Indicadores Sociais, Cheavens e os seus colegas testaram um tratamento com a Terapia da Esperança em 32 pessoas recrutadas através de anúncios em jornais e folhetos. Os anúncios pediam participantes dispostos a assistir semanalmente as reunioes de grupo projetadas para aumentar as habilidades dos participantes de alcancar suas metas.

Os investigadores especificamente procuraram pessoas que não fossem diagnosticadas com depressão ou outras doenças mentais, mas que se sentiam insatisfeitos com o contexto de suas vidas.

"Muitas das pessoas que procuram a terapia não são doentes mentais - eles não satisfazem os critérios de depressão ou outras doenças", disse Cheavens. "Portanto, se voc~e primeiramente focaliza no que está errado com eles, pode não haver muito progresso."

"A Terapia da Esperança procura construir usando as forças que as pessoas tem , ou ensiná-las a desenvolver essas forças. Nós não focalizamos no que esáa errado, mas nas formas de ajudar as pessoas a viver de acordo com o seus potenciais. "

Neste estudo, cerca da metade dos participantes fizeram parte de oito sessões de grupo de duas horas conduzidas por líderes treinados. Como parte destas sessões, novas habilidades relacionadas a esperança foram ensinadas, incluindo identificar os objetivos, os meios para alcançá-los, e como motivar a si próprio.

Os resultados mostraram que aqueles que participaram da Terapia da Esperança tinham reduzido os sintomas depressivos em comparação com o grupo de controle que não participou.

"Estamos descobrindo que as pessoas podem aprender a ser mais esperancosas, e que isto ira ajuda-las em muitos aspectos", afirmou Cheavens.

"O que penso ser excitante acerca da Terapia da Esperança é a forma como estamos aprendendo com as pessoas que estão muito bem. Nós temos calculado o que as pessoas estão fazendo direito, e pegando essas lições e desenvolvendo terapias e intervenções para as pessoas que não estão tão bem ", disse Cheavens.

E a grande novidade é que isto parece estar funcionando - nós podemos ensinar as pessoas como serem mais esperançosas."

Friday, August 15, 2008

Glândulas Supra Renais




Qualquer pessoa que tenha presenciado o comportamento de animais em seu habitat natural, sem dúvida não pode deixar de se sentir impressionada pela diferença entre a combatividade do leão , por um lado, e a timidez do coelho, por outro. 


Essas diferenças tão conspícuas no comportamento dos animais estão relacionadas, em grande parte, com as funções das supra-renais, ao manifestarem energias associadas com a auto-afirmação e a auto-expressão.


Estrutura Dual das Supra-Renais
As glândulas supra-renais ( assim chamadas porque estão localizadas acima (supra) dos rins (renal), são constituidas por dois tipos de tecido. O córtex ou porção externa das glândulas provém do mesmo tipo de tecidos embrionários que formam as gônadas. Por outro lado a medula, ou porção interna das supra-renais, provém do mesmo tecido embrionário que forma o Sistema Nervoso Autônomo. Por conseguinte, os hormônios do córtex supra-renal são esteróides, pertencentes a mesma classe de moléculas que compõem as gônadas, enquanto que os hormônios da medula pretencem a uma classe chamada de neurotransmissores.

Tamanho e Comportamento do Cortex Supra-Renal

Diversos estudos demonstraram que o tamanho do córtex supra-renal parece variar diretamente de acordo com a combatividade ou auto-afirmação de um animal. Em animais lutadores que atacam, como tigres e leões, o cortex supra-renal e notadamente grande. Por outro lado, animais tímidos e fugidios, como o coelho, destacam-se pelo córtex bastante estreito. Esta relação entre a extensão do cortex com os aspectos de auto afirmação no comportamento animal e mais amplamente demonstrada pelo fato de que os membros selvagens de uma determinada especie animal tem o cortex supra-renal mais amplo que o de seus irmaos domesticados. É interessante notar que os seres humanos possuem um córtex relativamente maior que o de qualquer outra especie animal. O tamanho relativo do cortex supra renal pode, portanto, estar intimamente associado com as qualidades do ser que reconhecemos como ser humano.


De algum modo sutil, o desenvolvimento do cérebro humano esta associado as funções do cortex supra-renal. Este fato é demonstrado pelas seguintes observações: Entre a quarta e sexta semana apos concepção, as glândulas supra-renais do feto são duas vezes maiores que os rins. A maior parte deste volume relativamente grande deve-se ao alargamento do cortex.

Estrutura e Funções do Cortex Supra-Renal

O cortex supra-renal consiste em três camadas bem definidas. Cada uma dessas camadas produz e segrega seu próprio complemento de hormônios esteróides. A camada externa produz um hormônio que funciona principalmente no controle do metabolismo dos minerais. Em virtude de seus efeitos sobre os íons contidos no sangue, este hormônio também exerce profundas influencias sobre a composição do sangue e, por conseguinte, no equilíbrio da água, volume do sangue e pressão sanguínea.

A Camada central do córtex supra-renal produz uma classe de hormônios esteróides que controlam a transformação de proteinas em carboidratos. Como e de se esperar, as ações desses hormônios tem grandes consequências sobre os estoques de glicogênio de fígado e também sobre os níveis de açúcar no sangue. Além disto, os hormônios desta camada central do córtex supra-renal estão estreitamente associados as reações do corpo ao stress, como o que e provocado por exercícios, traumas, queimaduras e infecções. A verdade e que esses hormônios funcionam como agentes anti-inflamatórios e a
ntialérgicos, mobilizando certos tipos de célula produzidos pela glândula timo.
A camada mais interna do córtex produz hormônios sexuais, principalmente do tipo andrógeno ou masculino.

Sensibilidade Individual e Atividade do Córtex Supra Renal

Não é nada surpreendente que a hipo atividade do córtex supra-renal cause profundos efeitos em certos aspectos do comportamento. Um dos casos
em questão se relaciona com a extrema hipersensibilidade dos pacientes que sofrem do Mal de Addison, uma desordem geralmente caracterizada pela insuficiência funcional da camada mediana ou central do córtex supra renal. Esses pacientes tem uma sensibilidade ao sabor que e cerca de 150 vezes maior que os demais indivíduos. Outras observações foram feitas quanto ao sentido do olfato. Por exemplo, mesmo que o sal tenha pouco ou nenhum cheiro para a maioria das pessoas, ele contém suficiente gás de cloro para ser detectado pelos doentes do Mal de Addison. Observações semelhantes foram feitas com relação ao sentido da audição. Embora os pacientes do Mal Addison sejam extremamente sensíveis a sons, eles revelam uma surpreendente falta de capacidade para discriminar um som firme e modulado, por exemplo, e ate para determinar a fonte de origem dos sons.

A Medula Supra Renal e as Emoções


Ao contrário dos hormônios do córtex supra renal, de cujas influ~encias não nos apercebemos, dificilmente deixamos de tomar conhecimento do impacto dos hormônios da medula supra renal sobre os mecanismos do corpo. As razões para esta diferença de percepções pode ser atribuida ao fato de que a medula supra renal está intimamente associada com as estruturas pelas quais nos apercebemos do "eu" de forma mais aguda. Quando aprendemos que a medula supra renal é uma coleção de células nervosas que pertencem ao ramo simpático do Sistema Nervoso Autônomo, sentimo-nos capazes de apreciar melhor o significado desta diferença. Na verdade, qualquer estímulo simpático, seja ele na forma de medo, raiva, dor, alegria, extase ou amor, dispara a liberação de hormônios da medula supra renal, adrenalina e noradrenalina. Não é de surpreender, portanto, que a medula supra renal tenha sido frequentemente chamada de " espelho de nossas emoções ".




Além de provocar a liberação de adrenalina e noradrenalina, as tensões emocionais também causam o desvio do suprimento de sangue de estruturas como pele, fígado, baço e trato intestinal. Este sangue é enviado para os músculos e para o cérebro, onde se faz mais necessário. Ao mesmo tempo, a adrenalina estimula a liberação de glicogênio do fígado para as células e faz o coração bater mais rápido e mais forte, permitindo que o sangue, carregado de importantes nutrientes, chegue mais rapidamente as áreas vitais. 


Simultaneamente, o índice respiratório é aumentado para assegurar a vitalização adequada do sangue, quando passa pelos pulmões. Desta forma, a medula supra renal qualifica-se facilmente como glândula de mobilização da energia. Qual será, então, a relação entre as funções do córtex supra renal e as da medula? Para responder, a esta pergunta, façamos uma revisão sucinta da sequência de acontecimentos que se inicia quando fazemos entrar em ação as funções supra renais, pela presença de emoções fortes.Quando a interpretação de nossas percepções exige ação, seja ela defensiva ou ofensiva, nossas emoões estão compromentidas. Dependendo de nossas experiências passadas, nossas reações emocionais podem se manifestar na forma de raiva, medo, coragem ou êxtase. Tais reações ocorrem nos centros cerebrais superiores que estão em comunicação direta com o Sistema Nervoso Autonomo (SNA). Quando nossas reações emocionais são de medo, raiva, etc., o ramo simpático do SNA é chamado a ação. Em consequência, os impulsos nervosos do simpático chegam até a medula supra renal e disparam o mecanismo de liberação de adrenalina na corrente sanguínea.

Hormônios Adrenais e Reações do Corpo
No sangue, a adrenalina logo alcança o coração que, em resposta, bate mais rápido e mais forte, enviando sangue ao cérebro com maior velocidade. No cérebro, a adreanlina age sobre o hipotalamo que, por sua vez, faz a glândula pituitária anterior liberar um hormônio qua age sobre o córtex supra renal. Em resposta as ações do hormônio estimulador do córtex, segregado pela pituitária, o córtex supra renal libera hormõnios esteróiddes de suas camadas medial e interna. Esses hormônios então produzem suas influências características que preparam o corpo para enfrentar as demandas da situação de tensão.

Podemos ver aí o elevado grau de cooperação que existe entre as estruturas duais que compõem as glândulas supra renais. Como um todo, as glâ
ndulas supra renais são portanto, as glândulas da tensão e do stress ou, mais especificamente, as glândulas da mobilização. O propósito subjacente a qualquer mobilização supra renal está definido pela ação recíproca entre " a cabeça e o coração " ou " razão e coração ".

Parece bem claro que a falta das funções supra renais tem consequências drásticas quanto a sobrevivência do corpo. Por causa de sua influência sobre a química do sangue, as funções das glândulas supra renais estão intimamente associadas com a condutibilidade elétrica e com as propriedades eletromagnéticas do corpo. Como existimos num oceano de ondas eletromagnéticas, as glândulas supra renais tem muito a ver com a qualidade de nossa sintonização psíquica com o ambiente que nos rodeia.

Análises químicas qualitativas indicaram que, pelo medo ou pela raiva, e possível exceder ou exaurir a capacidade das supra renais de fornecerem a quantidade de hormônios exigida no caso. Essa exaustão muitas vezes nos isola de muitas influências benéficas inerentes aos aspectos eletromagnéticos de nosso ambiente, e podem causar fadiga, aumento de sensibilidade ao frio, perda de entusiasmo, indecisão, irritabilidade e depressão. Alguns cientistas afirmam, que muitas doenças que assolam nossas sociedades altamente industrializadas se originam da exaustão supra renal. Parece claro, por conseguinte, que, como indivíduos, fariamos bem em ajustar nossas reações emocionais as experiências da vida, de modo a diminuir os riscos de exaustão supra renal. Mas como saber o modo de fazer esses ajustamentos?

As Supra Renais e a Vida Psíquica
Assim como as nossas emoções disparam o mecanismo de liberação de hormônios supra renais que mobilizam ou impulsionam o nosso ser físico a ação, assim também as nossas emoções mobilizam o nosso ser psíquico, ao longo de linhas determinadas por nossos desejos e aspirações. Em consequência, o grau de harmonia que experimentamos em nossa vida diária esta relacionado com aquilo que desejamos e aspiramos. Naturalmente, então, devemos decidir se o que desejamos esta em harmonia com nossos ideais mais elevados.

A observação cuidadosa demonstra que as emocçõs negativas de medo e raiva surgem frequentemente em nossa consciência por causa da incompreensão, ou como resultado de um desacerto entre nossos desejos mais imediatos e os ideais que nutrimos nas profundezas de nosso coração. Esta falta de compreensão pode ser considerada como uma espécie de "indigestão psíquica" resultante da incapacidade de analisarmos ou digerirmos adequadamente algum aspecto de uma experiêrncia anterior. Neste sentido, pode-se dizer que a personalidade tirou pouca "nutrição" ou significado da experiência em questão. Igualmente, gastamos com muita frequência grandes quantidades de energias psíquica e física em assuntos que não visam o nosso "bem maior". O resultado é que muitas vezes ficamos tão desgastados que nos tornamos incapazes de alcançar nossos objetivos mais caros. Esta é uma situação que pode ser tipificada pelo conflito entre "a razão e o coração".

Fonte : Livro : Glândulas o Espelho do Eu de Onslow H. Wilson - Editora Pensamento


Monday, August 11, 2008

O Poder De Cura De Um Sorriso


Você já caminhou pelas ruas resmungando ou se preocupando com as coisas que precisa fazer, com seus relacionamentos, com seu trabalho, com sua vida inteira? Ao levantar os olhos, alguém sorriu para você e, sem preceber, você retribuiu o sorriso? Em apenas uma fração de segundo deixou de lado seus problemas, endireitou um pouco mais o corpo e continuou caminhando sabendo que tudo acabaria bem. Um sorriso genuino tem um poder imenso.


Quando você sorri para alguém faz com que essa pessoa se sinta melhor consigo mesma. Quando sorri para suas plantas, elas sentem sua energia amorosa e crescem. Quando chega em casa, afaga a cabeça de seu cachorro e sorri para ele, seu cachorro abana o rabo para mostrar que está feliz. Mas se você chega em casa, grita com ele e lhe da um pontapé, ele se esconde, rosna ou o morde. Se você gritar com as pessoas que ama, elas por-se-ão na defensiva e se sentirão rejeitadas.

Um verdadeiro sorriso é um transmissor de energia que tem um caloroso efeito de cura. É um veículo para a música. Uma pessoa que não sorri é como uma guitarra que não é tocada: a guitarra fica jogada num canto, começa a empenar, suas cordas arrebentam e, gradualmente, a guitarra vai rachando e se acaba. A pessoa que não sorri, do mesmo modo, não desenvolve sua habilidade de dar e receber. Suas feições sombrias e abordagem séria da vida são frenquentemente acompanhadas de úlceras e outros distúrbios orgânicos, enquanto sua vida, pouco a pouco, se desintegra por falta de carinho.


Por outro lado, uma guitarra polida e tocada que tem suas cordas trocadas e afinadas regularmente mantem-se indene por muito tempo. Uma guitarra querida e bem cuidada traz vida e luz para o músico, e frenquentemente sobrevive ao próprio dono.

Infelizmente, enquanto não reconhecermos a diferença entre uma pessoa alegre e uma carrancuda, enquanto não associarmos felicidade com saúde, não estaremos reconhecendo o poder do sorriso, nem compreendendo todo o seu potencial. Em resumo não estaremos sorrindo para nossos órgãos e sistema nervoso, seriamente.


Por que, por exemplo se o sorriso está associado a saúde, não existem médicos especializados em sorriso? Se o editor da revista Saturday, Norman Cousins, usou os filmes dos velhos Irmãos Marx para aliviar com risadas uma rara forma de reumatismo, então por que não podem os médicos e enfermeiras usar a energia do sorriso para ajudar a curar seus pacientes? Talvez nossos hospitais pudessem contratar humoristas e palhaços* para fazerem nossos pacientes sorrir. Mais do que isso, por que o sorriso não tem sido usado como medicina preventiva? Sorrindo para nossos amigos, para nossos vizinhos, por que não aprendemos a sorrir para nós mesmos?

Na China antiga, os taoistas ensinavam que um constante sorriso interior, um sorriso para si mesmo, assegurava saúde, felicidade e longevidade. Por que? Sorrir para si mesmo e como aquecer-se no amor: você se torna o melhor amigo de si mesmo. Viver com um sorriso interno é viver em harmonia consigo mesmo.


Uma olhada na nossa sociedade ocidental mostra que não conhecemos o segredo do sorriso. A falta de harmonia interior e tragicamente visível. Estamos infestados por um aumento de doenças físicas e emocionais que vão do cancer a anorexia nervosa. Nossos amores estão ensombreados por um mundo repleto de violência e autodestruição. Tanto o indivíduo como a sociedade coletiva estão ameaçados por excessivo abuso de drogas e resíduos nucleares. De algum modo, em algum lugar, perdemos a visão do Tao. Bloqueamos o fluxo natural de vida, e com isso o poder de curar a nós mesmos.

Do livro de
Mantak Chia, A Energia Curativa Através do Tao, Ed. Pensamento.

* Dr Patch Adams : Além de médico, humorista, humanista e intelectual, Patch é também um ativista em busca da paz mundial.