Monday, November 23, 2009

Cresce O Interesse Da Ciência Pela Felicidade


A antropóloga e psicóloga formada em Harvard (EUA) Susan Andrews, responsável pela implantação no Brasil de programas baseados no conceito da Felicidade Interna Bruta (FIB), disse que o interesse da ciência pela felicidade e crescente.

Somente nos últimos seis meses, foram divulgados 27.335 estudos e artigos publicados em revistas científicas abordando desde aspectos bioquímicos a psicológicos do tema - afirmou.

Susan Andrews destacou que pessoas mais felizes tem sistemas imunológicos mais fortes, tem melhor desempenho no trabalho, adoecem menos, vivem mais, tem casamentos mais sólidos.

A depressão se tornou uma das principais doenças da sociedade contemporânea. São esses os principais fatores que tem motivado a investigação científica, uma vez que maior conhecimento sobre o que constitui a felicidade e como medi-la permitira construir políticas mais eficientes com reflexos positivos sobre a saúde pública - acrescentou.

A antropóloga participa em Foz do Iguaçu da 5ª Conferência Internacional Sobre Felicidade Interna Bruta (FIB), que discute ate hoje o conceito que surgiu no Butão, na Ásia, de medir o bem estar de forma mais ampla do que o Produto Interno Bruto (PIB) , comumente utilizado para mensurar o progresso material de um país. A ideia tem a adesão de vários países, que se utilizam de alguns indicadores para orientar a elaboração de políticas públicas.

Susan explicou que na bioquímica do corpo humano, uma das substâncias associadas a felicidade e o hormônio cortisol, produzido pelas glândulas suprarrenais. Pessoas felizes tendem a ter 32% menos cortisol. Em contrapartida, o hormônio é encontrado em abundância em pessoas com alto nível de estresse. - E preciso ter consciência de que quando uma pessoa esta infeliz, seu fígado esta infeliz, seu estômago está infeliz, sua pele está infeliz. Os reflexos negativos se espalham pelo corpo inteiro - concluiu.


Monday, November 9, 2009

Vitiligo : Pesquisadores Do Paraná Identificam Um Dos Genes Causadores da Doença





Um grupo de médicos e geneticistas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) fez uma importante descoberta sobre um gene associado ao vitiligo, doença que causa a despigmentação da pele. Coordenador do estudo, o dermatologista Caio Castro pesquisou cerca de 750 pessoas portadoras e não portadoras da enfermidade e descobriu que o gene produtor de uma proteina chamada DDR1 esta entre as causas do problema. Ela é responsável pela fixação dos melanócitos, que produzem a coloração da pele. Nos pacientes com a doença, havia irregularidades no gene que produz essa proteina. O estudo e parte da tese de Doutorado de Castro e tem orientação do geneticista Marcelo Mira, que também descobriu os genes associados a hanseníase. Eles apresentaram o trabalho em um congresso no Havai há duas semanas.


Quais são os fatores que in­­fluenciam no surgimento do vitiligo?
O vitiligo e uma doença que causa manchas brancas na pele, cabelo, pelos e mucosas. E considerada sistêmica porque alguns pacientes podem ter problemas de audição, inflamação nos olhos e cerca de 25% dos portadores tem também doenças de tireóide. É muito comum uma associação com outras doenças autoimunes. Não é contagiosa. Há células no corpo chamadas melanócitos, elas são as responsáveis pela produção da melanina, que dá a pigmentação da pele e protege contra os raios ultravioleta. Os melanócitos fi­­cam em uma camada bem superficial da pele, a epiderme, aderidos na chamada lamina basal. Para que ele fique aderido nesse lo­­cal, é preciso que haja uma substância (proteina) de ancoramento, auxiliando a fixação. Quem tem vitiligo, perde facilmente os melanócitos. Isso acontece nas áreas mais expostas em função de traumas físicos – como batidas, por exemplo – e químicos – como a exposição ao sol – e explica porque a manifestação ocorre mais nas mãos, face e genitais. Ela atinge 1% da população mundial em todas as faixas etárias. Na Índia chega a 1,76% e é considerada um dos principais problemas de saúde pública do país. O vitiligo é uma doença complexa porque não é causada somente por um gene. Para uma pessoa manifestar a doença, tem de ter mais de um gene alterado. Entre os fatores que a influenciam, por exemplo, está o estresse emocional. Em muitos casos, quando o paciente está estressado a despigmentação aumenta.

Existem duas teorias principais sobre as causas do vitiligo. A primeira é que ela seria uma doença autoimune. Ou seja, o próprio organismo ataca os melanócitos e os retira da camada basal da pele. O melanócito fica ligado ao queratinócito, que é a célula principal de revestimento da pele. Mas sabemos que só esta hipótese não dá conta da questão, porque há pacientes com vitiligo, cerca de 50%, que não tem autoimunidade. Por isso estamos procurando outras vertentes. A segunda teoria diz respeito a adesão dos melanócitos. Sabe-se, por meio de estudos experimentais, que os pacientes com o vitiligo tem uma fragilidade maior dos melanócitos em áreas de traumatismo. Isso causa o descolamento dessa substância. Uma curiosidade é que pode acontecer, inclusive, que alguns pacientes apresentem os dois tipos de defeito. O principal tratamento que traz benefícios e a fototerapia e, em alguns casos, os corticóides, mas não existe uma me­­dicação de laboratório específica, como há no caso da diabete ou doenças da tireóide, por exemplo. Na fototerapia, utiliza-se raios ultravioletas A ou B junto com alguns medicamentos para tentar estimular a repigmentação do local. Os melanócitos que não foram atingidos migram para as partes afetadas. É uma enfermidade pouco pesquisada e com poucas possibilidades de tratamento. Quando o paciente não responde bem a nenhuma dessas opções, ficamos sem alternativa.


Como começou sua pesquisa?
Sou o médico responsável por este setor na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Co­­me­­cei a fazer Doutorado em Ge­­nética do Vitiligo em 2007, na PUCPR. Junto com o professor Marcelo Mira criamos uma das poucas linhas de pesquisa sobre esta doença no mundo. Não há muitos estudos nesta área, mesmo sendo uma enfermidade comum. Quando descobrirem um medicamento, será uma revolução. Durante minha pós graduação, participei de uma seleção realizada pelo laboratório suíço Roche e fui para a Suíça pesquisar. O interessante é que eles assinaram uma carta abdicando de uma possível patente das descobertas. É um reconhecimento dos pesquisadores brasileiros.
Na pele normal existe uma proteina chamada DDR1. Ela é um receptor que faz com que o melanócito se ligue a lamina basal. É uma espécie de cola. Quando há um traumatismo ou estresse, o corpo envia uma mensagem para que os melanócitos se fixem com mais rigidez a pele, mas nos pacientes com vitiligo provavelmente exista uma falha nessa resposta. O ineditismo da pesquisa esta em identificar um dos genes causadores da doença e o que acontece com a DDR1. Até então não sabíamos que havia um problema com esta proteina que dificultava a adesão dos melanócitos. Para chegar a tal conclusão, coletamos inicialmente amostras de 1,1 mil pacientes de Santa Cata­rina e do Paraná, mas analisamos somente 860. Houve uma divisão em dois grupos: baseado em pessoas da mesma família e posteriormente entre portadores ou não da enfermidade. No primeiro foram 210 famílias. Estudamos pais, mães, avos, avós e irmãos. Depois, para comprovar a descoberta e ver se não havia ne­­nhum erro, selecionamos 134 indivíduos afetados e outros 134 não afetados. No­­vamente a constatação se confirmou: a probabilidade de um indivíduo ter vitiligo era muito maior quando apresentava alterações na DDR1.


E quais são os próximos passos agora?
Como já disse, o vitiligo e uma doença complexa. A nossa descoberta é um grande passo, mas os estudos continuam. Outros países devem replicar os resultados, ver como a DDR1 se comporta nas mais diversas populações. Os laboratórios também devem se interessar por essa área no futuro. Nos iremos estudar o que acontece com a proteina e analisar como ocorre essa falha na produção. E um caminho para desvendar a doença e encontrar uma medicação efetiva. No entanto, ainda vai demorar cerca de dez anos para termos algo concreto em relação a cura.




Fonte: Gazeta do Povo - Saúde

Wednesday, November 4, 2009

Monday, October 12, 2009

A Humanidade É Bipolar, Entrevista Com Wolfgang Sperling

Segundo o psiquiatra alemão Wolfgang Sperlinga humanidade é bipolar.Para ele a recessao e a pandemia são só sintomas de uma doença coletiva global.


O vírus da gripe suína surgiu num momento auspicioso – para o vírus, é claro. O agente causador da pandemia iniciou seu assalto a humanidade em abril, no México. Seis meses antes, a quebra do banco americano Lehman Brothers aprofundou a maior crise econômica em 80 anos. Se o mundo não estivesse em recessão, talvez o surto de gripe não tivesse virado pandemia, diz o psiquiatra alemão Wolfgang Sperling, na revista Medical Hypothesis. Sperling culpa os novos meios de comunicação. A rapidez com que a imprensa noticiou a falência do Lehman e o surto no México gerou ondas globais de pânico, só comparáveis a alegria gerada pelos primeiros sinais de retomada. Esse fenômeno faz a população oscilar entre a euforia e a depressão. “Se a humanidade fosse um paciente, ela seria bipolar.”


Wolfgang Sperling, de 45 anos, e psiquiatra e professor na Clínica Psiquiátrica e de Psicoterapia da Universidade de Erlangen-Nurnberg, em Erlangen, na Alemanha.


Sperling pesquisa os efeitos epidemiologicos do alcoolismo e dos distúrbios de comportamento, como a síndrome do pânico, a desordem bipolar e a esquizofrenia.

E autor e coautor de 70 artigos em mais de 20 publicações científicas como Alcohol and Alcoholism, Medical Hypothesis e Neuropsychobiology.

Como o senhor vê a reação global a quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008?

Wolfgang Sperling – O que houve foi um efeito dominó. A quebra do Lehman Brothers desencadeou uma reação em cadeia global de pânico nos mercados financeiros, levando a quebra de outros bancos, e assim por diante. Tudo se deu muito rápido. Em questão de minutos, a onda de pânico deu a volta ao mundo, atingindo praticamente todas as pessoas com conexão a internet. Quando se analisa aquela reação em cadeia global, percebe-se que as novas mídias tiveram papel crucial na crise. O Lehman Brothers foi apenas a primeira pedra. A culpa da crise e dos meios de comunicação.

O senhor diz que a pandemia é uma consequência da crise. Como assim?
Sperling – Eu enxergo a pandemia como um efeito indireto da crise global. O novo vírus influenza A(H1N1) surgiu no México, em abril. Apesar de não ser mais perigoso que o vírus da gripe comum, o H1N1 deu origem a uma pandemia. O que explica a eclosão da pandemia e a existência de uma conexão entre o surgimento do H1N1 e a crise mundial. Essa conexão são os meios de comunicação.


É uma hipótese muito ousada.
Sperling – Não, não é. Há precedentes. Esta não é a primeira vez que uma pandemia sucede a uma crise econômica. Quem se lembra da síndrome respiratória aguda grave (Sars, de suas iniciais em inglês), uma forma letal de resfriado que matou 800 pessoas na China e no Canadá, em 2003? A Sars foi a primeira pandemia do século XXI. Ela ocorreu após o estouro da bolha da internet, em 2000, e os ataques de 11 de setembro de 2001. Hoje, temos a gripe suína.

Mas qual e o papel dos meios de comunicação nessa história?
Sperling – Eu não conseguia entender como podiamos ter duas pandemias num espaço tão curto de tempo. A resposta veio quando analisei os aspectos econômicos e tecnológicos da questão. No mundo globalizado, as pessoas viajam de um continente para outro em menos de um dia. Elas estão conectadas 24 horas por dia. As condições estavam dadas para que os meios de comunicação pudessem incendiar o planeta com a notícia da quebra do Lehman. Fizeram o mesmo com o H1N1. Não importa o lugar, Alemanha, Brasil ou Fiji, todos sabem o que e a gripe suína. Há cem anos, ninguém saberia.


Ainda não está clara qual seria a conexão entre a crise e a pandemia.
Sperling – A primeira vez que uma crise mundial e uma pandemia ocorreram em sucessão não foi em 2009, com o H1N1, nem em 2003, com a Sars. Foi no fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o pior conflito que a humanidade viveu até então. A Grande Guerra foi o primeiro evento global, que conectou todo o planeta. Em 1918, após quatro anos de conflito e 10 milhões de mortos, as pessoas estavam cansadas, famintas, sem esperança. Os milhões de soldados nas trincheiras da Europa tinham vindo de todos os cantos do mundo e não queriam mais lutar. Não viam sentido no conflito. Foi quando eclodiu a Gripe Espanhola de 1918. Ela deu a volta ao mundo em seis semanas, mas a população só soube disso muito depois. A diferença entre 1918 e 2009 e que hoje, graças as telecomunicações, nossa sociedade é transparente. Sabemos o que ocorre do outro lado do mundo em tempo real. A crise bancária foi um produto dessa sociedade transparente.


O crash da Bolsa de Nova York, em 1929, não antecedeu a uma pandemia.
Sperling – É, mas o crash de 1929 talvez tenha sido mais localizado. Não foi uma crise global que contaminou todos os mercados financeiros, pois eles não eram interligados como hoje. Em tempos de globalização, se um banco alemão tem problemas de caixa, isso pode refletir imediatamente em bancos no Brasil. Não foi assim em 1929. Por isso, aquela crise não pode ser comparada a de hoje.

Mas recessões e guerras são eventos independentes de uma pandemia.
Sperling – o, não são. Graças às telecomunicações, todo o mundo sabe tudo o que acontece o tempo todo. Esse bombardeio de informações cria sentimentos de euforia e de depressão. Na medicina, um paciente que alterna estados de euforia e depressão sofre de síndrome bipolar. Emoções semelhantes estão por trás dos movimentos de alta e baixa do mercado acionário. Não é novidade. Em 1996, Alan Greenspan, o então presidente do Federal Reserve (o banco central americano), alertava para o risco do que chamou de “exuberância irracional dos mercados”. Era o periodo de euforia da bolha da internet. Quando ela estourou, em 2000, a euforia deu lugar a depressão. É o que vemos hoje. O incrível é que o sentimento de depressão que se alastrou pelo mundo há um ano já esta sumindo. As Bolsas voltaram a subir – sem razão aparente alguma. É o mesmo processo. Ninguém pode detê-lo. O mesmo se da com a pandemia. Não se pode contê-la. Essa é a conexão entre dois eventos muito diferentes, um na esfera econômica, o outro na esfera da saúde. A humanidade sofre de síndrome bipolar global.

"A humanidade começa a manifestar claramente momentos

Síndrome bipolar global (SBG)?!?
Sperling – A síndrome bipolar e a alternância brusca entre dois sentimentos muito diferentes que causam ansiedade. De um lado, temos as emoções ligadas ao estado de depressão. De outro, aquelas ligadas ao estado de euforia, o que chamamos de manias. Para mim, a humanidade começa a manifestar claramente momentos de alternância emocional entre a euforia e a depressão.


A humanidade está doente?
Sperling – A psicose bipolar é uma forma de doença psiquiátrica. Se olharmos os acontecimentos dos últimos anos, veremos que a SBG e o fator definidor de tudo o que vem acontecendo no mundo – não só na órbita da economia. Esse fenomeno faz parte das transformações causadas na sociedade pelo advento dos novos meios de comunicação.


Quais são os sintomas da SBG?
Sperling – Os principais sintomas são uma ansiedade incontrolável e a dificuldade de reagir de modo adequado aos problemas. No limite, os sintomas se assemelham aos de um paciente com síndrome do pânico. Quem sofre de panico escolhe fugir dos problemas, deixar tudo para trás. Jamais enfrenta a situação que causa o pânico para buscar uma solução. Na SBG acontece o mesmo. Quando um banco quebra, todos saem correndo.

Então, a SBG seria a conexao entre a crise global e a pandemia?
Sperling – Sim, mas de forma indireta. O sentimento global de depressão age como um facilitador para o advento da pandemia. Há uma relação clara entre os humores da economia e a saúde pública. Vivemos numa sociedade de consumo, materialista. Todos sabemos como a falta de dinheiro pode fazer mal a saúde. Ela atrapalha nossos relacionamentos, causa tensão, ansiedade e insônia. Esta provado que o aumento dos níveis de estresse está relacionado a uma redução na capacidade de defesa do sistema imune. Logo, é razoável supor que uma crise economica mundial afete o sistema imune de centenas de milhões de pessoas. E é quando a humanidade está com a saúde fragilizada que eclodem as pandemias.


Há cura para a SBG?
Sperling – Precisamos criar alguma forma de terapia global. Por analogia, há vários meios para tratar um paciente com pânico. Usam-se remédios com a função de acalmá-lo. Não por acaso, acalmar os mercados e a prescrição usada pelas autoridades para deter o efeito manada nos momentos de pânico. O mesmo se aplica aos meios de comunicação. Acalmar a mídia significa dizer: “Nao reajam tão rapido, alardeando o mundo de que há uma nova crise. Esperem!”.

Isso é censura.
Sperling – Se quisermos interromper esse comportamento irracional coletivo, será preciso agir com despotismo. Esse e o problema que devemos enfrentar.

Fonte: Revista Epoca

Monday, October 5, 2009

A Importância Da Boa Alimentação



Há menos de dois séculos, os alimentos eram julgados apenas pelos seus valores nutritivos e energéticos. Fatias de carne vermelha e enorme pedaços de pães eram apresentados como responsáveis pela energia do homem. Ate hoje, nos filmes que exibem batalhas e retratam personagens que necessitam de forca maxima, os soldados são mostrados abocanhando pedaços de carne e disputando fatias de pães. No tempo das cavernas, o espécime homem sobreviveu comendo os animais que abatia.


Se essa pratica estivesse errada, não estariamos aqui para contar esta história. O princípio da alimentação continua sendo o mesmo: proteinas e energia. O que se descobriu, nos ultimos duzentos anos, e que os alimentos também fornecem ingredientes que tem grande importância para o organismo e que não são nem construtores, nem mantenedores do corpo humano. Por não serem fáceis de quantificar ou de perceber, nunca haviam sido avaliados detalhadamente.


São os nutrientes, especialmnente as vitaminas e os minerais, "peças" fundamentais na construção da nossa saúde e que, ainda hoje, são ignorados em muitas preparações dos alimentos. Veja o exemplo de uma simples folha de alface ou de outra verdura qualquer.Numa mesa, na qual estarão o arroz, o feijão e um bife de carne bovina - um cardápio tipicamente brasileiro , alface poderá parecer, para muitos, um simples artifício de ornamentação.Assim como pareceriam folhas de rúculas, de agrião e fatias de tomate .


Pois o que se sabe hoje, e que essas verduras e esses legumes são ricos em determinadas vitaminas, ricos em minerais e em fibras.

Foi no principio do século passado. inicio do século XX, que as pesquisas em nutrição demonstraram a importância da ingestão adequada de nutrientes na promoção do crescimento e do desenvolvimento do ser humano.

A Era das Vitaminas


Uma nova era estava surgindo, na qual as coisas diminutas assumiram grande importância na dieta das pessoas - a era das vitaminas.


Tão diminuta e esta relação que a proporção entre a quantidade de vitamina e o peso do corpo e negligenciada. Mas as pesquisas mostraram que a presença das vitaminas, embora quase imperceptível, era fundamental para o bom funcionamento do organismo humano.


A evidência da existência e da importância das vitaminas surgiu por acaso. Em 1747, exploradores do mar estavam sendo acometidos de um doença que acabava com toda a tripulação. Então, por acaso, laranjas e limões que existiam a bordo foram dados aos tripulantes, e a doença desapareceu.


Constatou-se, então, que havia alguma coisa na laranja e nos limões que tinha esse efeito notável. Hoje, sabe-se que aquela doença era o escorbuto, causado pela deficiência de vitamina C, que se manifesta por cansaço, fraqueza, dores musculares, articulares, sangramento de gengivas, amolecimento dos dentes, pré infeccao, hemorragias. O resultado e uma anemia grave e a morte.


Em outra parte do mundo, naquela mesma epoca, outra doença acometia os marinheiros japoneses. A enfermidade manifestou-se com pertubação nos sistemas gastrointestinal, nervoso e cardiovascular. Esses marinheiros alimentavam-se com arroz branco polido. Naquela época, nada se descobriu que pudesse ajudá-los.

Em 1884, houve uma mudança na alimentação nos navios da marinha japonesa, instituindo-se carne, peixe e vegetais. A enfermidade diminuiu. Hoje,sabe-se que essa doença e o "beriberi", causada pela deficiência de vitamina B1.


Mas foi somente no século XX que os médicos e cientistas atribuiram essas doenças a deficiência de nutrientes na dieta. Eles preferiam acreditar que tais doenças eram causadas por microrganismo, como vírus e bactérias.


Filhos Altos, Pais Baixinhos


No princípio do século passado ( o seculo XX ), nas pesquisas em nutrição demonstraram a importância da ingestão adequada de nutrientes na promoção do crescimento e do desenvolvimento normal dos bebês e crianças e na proteção contra doenças carenciais.


Em 1932, o antropólogo Bower mostrou que estudantes recém admitidos em Harvard eram mais altos e mais fortes do que seus pais que lá estudaram, no inicio de 1900. Um dos principais fatores para a explicação da diferança entre duas gerações foi a melhor alimentação durante a infância e a fase de adolescência. Outros fatores importantes foram o controle das doenças infecciosas agudas e crônicas e melhores cuidados obstétricos.


Em outro estudo, demonstrou-se que mulheres japonesas nascidas na California eram mais altas e mais fortes que suas parentes nascidas e criadas no Havai, enquanto outras, nascidas e criadas no Japão, eram mais baixas e mais magras do que os outros dois grupos. A diferença entre esses tres grupos pode ser explicada, em parte, pela quantidade e pela qualidade dos alimentos consumidos durante a fase de lactente e da infância.


Recentemente, observou-se que, quando a necessidade nutricional do adolescente não e alcançada, o potencial estatural, ou seja, a altura esperada para aquele jovem, não eéatingido.


Essas e outras observações tem demonstrado, para os pesquisadores da área de saúde, que uma ingestão adequada de nutrientes, principalmente na fase de amamentação e na infância, e um requisito básico para um indivíduo sadio atingir seu crescimento potencial.


Diante disso, pode-se afirmar que a alimentação exerce grande influencia sobre cada pessoa, principalmente sobre a sua saúde, sua capacidade de trabalhar, estudar, divertir-se, sua aparência e sua longevidade.


Uma pessoa bem alimentada e nutrida dificilmente adoece, porque seu organismo tem defesas proprias, naturais, contra as doenças. "Nos somos o que temos no sangue e temos no sangue principalmente o que ingerimos" e uma frase que muitos pesquisadores costumam repetir.


Uma pessoa mal nutrida, com alimentação pouco variada, e fraca, irritadica, desanimada, sem vontade de trabalhar, andar, pensar, enfim, de realizar qualquer atividade que dependa de esforcos muscular e cerebral.


A nutrição e um dos fatores comportamentais mais importantes que afetam o estado de saúde de um indivíduo ou de uma nação.


Uma dieta inadequada em calorias levará a uma limitação da eficiência física e a uma diminuição de rendimento em proporção direta coma insuficiência calórica. A força e a tensão muscular ficam diminuídas num estado de fome prolongado ou em fases de alimentação inadequada.


A deficiência vitamínica impede a aptidão, afeta o bem estar mental e também diminui a capacidade para o trabalho.


A deficiência proteica causa fraqueza muscular, fadiga, irritabilidade fácil e, como resultado, transtorno na capacidade de trabalhar. Uma dieta adequada em qualidade e quantidade, contendo todos os grupos de nutrientes, previne ou corrige essas alterações.


Fonte : Livro: A Alimentação que Previne Doenças
Do Pré Escolar a Adolescência

Dra. Jocelem Mastrodi Salgado
Profa. Titular em Nutrição USP


* este livro foi escrito tambem para adolescentes .

Assuntos relacionados: Jocelem Salgado
Entrevista com a Dra Jocelem

Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais

Monday, September 28, 2009

Mensagens Subliminares Negativas Funcionam

As pessoas podem perceber mensagens subliminares, em especial se a mensagem for negativa, de acordo com um estudo britânico.

Em três experimentos na University College de Londres, palavras disfarçadas foram brevemente mostradas aos participantes para que classificassem-nas como emocional ou neutral.

O estudo, publicado na revista Emoção, diz que sermos capazes de reagir a estímulos extremamente pequenos nos ajuda a evitar o perigo e pode ser proveitoso em marketing .

Mas os críticos dizem que não há provas de que isto funcionaria fora de um laboratório.

Professora Nilli Lavie, do University College London, mostrou aos 50 participantes uma serie de palavras em uma tela de computador.

Cada palavra apareceu na tela por apenas uma fração de segundo - tempo muito rápido para que os participantes pudessem ler a palavra conscientemente.

As palavras eram positivas (por exemplo, alegre, flores, paz), negativas (por exemplo, agonia, desespero, homicídio) ou neutras (por exemplo,caixa, orelha, chaleira).

Depois de cada palavra, os participantes tiveram de escolher se a palavra era neutra ou emocional (positiva ou negativa) e o modo de como eles estavam confiantes de suas decisões.

Os pesquisadores descobriram que os participantes responderam mais corretamente quando responderam a palavras negativas, mesmo quando se acreditava que eles estavam apenas adivinhando a resposta.

Eles foram capazes de classificar com precisao 66% das palavras negativas, em comparação a 50% das positivas.

"Vantagens Evolutivas"

Professor Lavie disse: "Nós mostramos que as pessoas podem perceber o valor emocional de mensagens subliminares e demonstramos conclusivamente que as pessoas estão muito mais sintonizados com palavras negativas.

"Claramente, há vantagens evolutivas ao responder rapidamente a informação emocional.

"Nós não podemos esperar que a nossa consciência comece a ter um efeito se vermos alguem correndo em nossa direção com uma faca ou se dirigirmos sob condições de chuva ou nevoeiro e vermos um sinal alertando 'perigo '.

A propaganda subliminar não é permitida na televisão no Reino Unido.

Mas o professora Lavie disse que seu trabalho poderia ser aplicado a campanhas de marketing: "As palavras negativas podem ter um impacto mais rápido -"Kill Your Speed " ( neutralize sua velocidade ) deve funcionar melhor do que " Slow Down " (diminua a velocidade )".

"As qualidades negativas de um concorrente podem agir em um nível subconsciente e produzir um efeito muito mais real do que gritar sobre seus próprios pontos de venda, e isto e mais controversal."

Mas o psicólogo de marketing, Paul Buckley, da Cardiff School of Management, disse que não havia provas de que as mensagens subliminares funcionassem no mundo real: "De um ponto de vista prático, isso provavelmente não reflete o que aconteceria na vida real.

"Certamente muitos países ao redor do mundo tem legislação para proibir que mensagens subliminares sejam utilizadas na televisão e ninguem ainda foi capaz de apontar qualquer situacao em particular em que uma mensagem subliminar funcionou."

O estudo foi financiado pelo Wellcome Trust.

Fonte : BBC Health

Monday, September 21, 2009

Pacientes Em Estado Vegetativo Podem Aprender

Pacientes com danos graves no cérebro que não parecem ter sinal de consciência ainda tem capacidade de aprender, segundo um estudo da Universidade de Cambridge.

Pesquisadores fizeram testes com 22 pessoas em estado vegetativo permanente. Os cientistas faziam soar um barulho antes de soprar nos olhos das pessoas.

Ao ouvir o barulho, algumas pessoas demonstravam que estavam antecipando o sopro, ao mexer com os músculos próximos aos olhos antes de terem seus olhos soprados.
A equipe espera, com ajuda do teste, descobrir quais pacientes tem maiores chances de se recuperar, segundo pesquisa publicada na revista científica Nature Neuroscience.

Consciência

O pesquisador Tristan Bekinschtein, da Universidade de Cambridge, disse que havia um consenso de que os pacientes so conseguiriam ligar um fenômeno ao outro – o barulho ao sopro – se estivessem conscientes dos fatos.

Mas o estudo, onde 70 sopros foram dados em 25 minutos, mostrou que este tipo de reação condicionada e possível até em pacientes que não estão conscientes, pelas medidas convencionais dos cientistas.

Eletrodos posicionados nos olhos detectaram o movimento dos músculos.

Uma experiência semelhante com pessoas sedadas com anestesia geral não obteve as mesmas respostas, sugerindo que os pacientes em estado vegetativo podem ter algum nível de consciência que não e medido por testes convencionais.

Para Bekinschtein, os pacientes que responderam aos estímulos sonoros antecipando o sopro tem maior probabilidade de se recuperar. Segundo ele, 80% dos pacientes que responderam ao barulho tiveram algum tipo de evolução no seu estado.

Os cientistas preparam agora um grande teste do tipo com pacientes nos Estados Unidos e na Bélgica.

"Estes eram experimentos pavlovianos clássicos e alguns pacientes, mas não todos, responderam", disse o cientista.

"Eles estavam claramente antecipando o estimulo que viria, então existe algum tipo de percepção. Do ponto de vista do paciente que esta supostamente inconsciente isso pode ter implicações profundas."

Monday, August 31, 2009

Video Antifumo

Video: O enfisema pulmonar e uma doença crônica na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos, tornando-se hiperinsuflados (muito distendidos). 


Esta destruição ocorre nos alvéolos, onde acontece a troca gasosa do oxigênio pelo dióxido de carbono. Com o resultado, a pessoa passa a sentir falta de ar para realizar tarefas ou exercitar-se.

Este video mostra como o tabagismo faz com que os alveolares normais tornem-se ampliados e afinados ao longo do tempo devido ao enfisema.
O fumante não respira de forma eficaz porque os alvéolos não podem contrair-se e o ar e retido nos pulmões.




Fonte: Nucleus Medical Illustrations

Sunday, August 23, 2009

Diferença Anatômica No Cérebro Explica Alucinações Auditivas Esquizofrênicas

Uma diferença anatômica no cérebro, suscetível de surgir durante o terceiro trimestre da gravidez, explicaria por que certos pacientes esquizofrênicos ouvem vozes em sua cabeça e outras vozes provenientes do exterior, de acordo com um estudo divulgado.


A esquizofrenia afeta 1% da população mundial, segundo a Organizção Mundial da Saúde (OMS). As alucinações auditivas verbais, ou seja, a percepção de vozes, e um dos sintomas frequentes, ja que 70% dos pacientes esquizofrenicos padecem disso, segundo um trabalho conjunto de um laboratório da Comissão de Energia Atômica francesa e a Assistência Pública dos Hospitais de Paris.

Depois de demonstrar, há um ano, este fenômeno vinculado as anomalias anatômicas no conjunto das regiões do cérebro envolvidas na linguagem, uma equipe de pesquisadores do laboratório CEA-Inserm e de psiquiatras hospitalares quis compreender por que a percepção de vozes difere de um caso para outro, explicou Arnaud Cachia, do Serviço Hospitalar Frederic Joliot, associado ao CEA-Inserm, em Orsay.


Existem dois tipos de alucinações auditivas na esquizofrenia: o tipo em que os pacientes ouvem vozes em sua cabeça e o tipo em que essas vozes são exteriores.


Na comparação feita graças a imagens de ressonância magnética (IRM), a anatomia do cérebro das pessoas que não sofrem dessa doença e as dos dois grupos de pacientes esquizofrênicos (12 que ouvem apenas vozes externas e 15 que as ouvem as internas), os pesquisadores evidenciaram uma diferença na região envolvida na localização espacial do som (cortex temporoparietal do hemisfério direito do cérebro).


Os cientistas descobriram uma anomalia que diz respeito a união entre os dois sulcos do córtex: o sulco temporal superior e o sulco angular. Em comparação com indivíduos saudáveis, a união está deslocada para frente do cérebro dos pacientes que ouvem vozes externas e, ao contrário, na parte de trás do cérebro para os que ouvem vozes internas a sua cabeça, segundo o estudo, publicado pela revista "Schizophrenia Bulletin".


Esta diferença pode, segundo os autores do estudo, indicar a existência de "desvios na çãmaturacao do cérebro" durante o terceiro trimestre da gravidez, quando estes dois sulcos aparecem e depois se conectam.


"Se um fenômeno tão subjetivo e íntimo como a localização das vozes se traduz por uma diferença na anatomia do cérebro e um argumento adicional para deixar de estigmatizar os pacientes afetados por esta doença que ainda é pouco conhecida".

Fonte : France Presse via Ciência e Saúde Folha Online

Monday, August 17, 2009

Bebê Usa Mesma Área Cerebral Para Realizar Ação E Aprendê-la

O olhar de espanto nos olhos de uma criança enquanto assiste a uma cena corriqueira sugere que muita atividade cerebral ocorre enquanto eles observam. Novas pesquisas confirmam que isso e mais intenso do que se imaginava. Em recentes pesquisas, cientistas mostraram que quando bebês de nove meses de idade assistem a uma pessoa pegando um objeto, a região responsável pela capacidade motora do seu cérebro fica ativada como se os bebês estivessem, eles mesmos, pegando o objeto.


Esta característica da atividade cerebral na primeira infância se da provavelmente devido a capacidade dos chamados 'neurônios espelho' que entram em funcionamento tanto quando se realiza uma ação quanto quando se observa outros realizarem uma ação semelhante. A presença de tais neurônios, porém, só foi identificada diretamente em macacos até hoje.


Até o primeiro ano de vida, os bebês utilizam a área do seu cérebro que está envolvida em suas próprias habilidades motoras para ajudá-los a perceber as ações de outras pessoas - disse Victoria Southgate, pesquisadora do Centro para o Desenvolvimento Cerebral e Cognitivo da Universidade de Londres, em entrevista ao site Livescience.


Southgate e seus colegas acompanharam a atividade cerebral de 15 crianças de nove meses de idade a fim de registrar essa atividade enquanto os pequenos estavam realizando ou assistindo a realização de uma atividade. Esse acompanhamento foi realizado por meio de eletrodos colocados nas cabeças das crianças e conectados em maquinas de eletroencefalograma.


Na primeira experiência, os bebês foram sentados em frente a um palco de bonecos com âas cortinas fechadas. Logo, uma garra mecanica aproximou um brinquedo da criança através da cortina. Depois que o bebê brincava um pouco com o objeto, um dos pesquisadores pegava o brinquedo de volta.


Na segunda experiência, as cortinas se abriam e revelavam um pequeno objeto no chão do palco. Apos menos de um segundo, a mão de um dos pesquisadores agarrava o objeto e o removia da cena através da cortina.


Os eletroencefalogramas mostraram que a atividade no ceérebro do bebê quando o cientista agarrava o objeto era semelhante a atividade encontrada enquanto o bebê realizava o movimento em direção ao brinquedo. Alem disso, nos ensaios posteriores - depois que os bebês já haviam observado o pesquisador pegar o brinquedo uma vez - a mesma atividade cerebral podia ser observada mesmo antes que o cientista realizasse a ação pela segunda vez.


O fato de que a atividade cerebral em bebês e 'preditiva' - que ocorre quando o bebê pode prever que alguem vai pegar um objeto - sugere que os bebes (e provavelmente tambem os adultos), utilizam seu próprio sistema motor a fim de descobrir como as ações de alguém irão desdobrar-se. Pelo acesso a informação de como você, por exemplo, alcancaria o objetivo de pegar um objeto, você pode fazer uma boa previsão sobre como alguém poderia fazer isso também - disse Southgate ao LiveScience.


Essa informação pode ajudá-lo a responder a ação da outra pessoa, digamos, para interceptar os seus movimentos e pegar o objeto para você, acrescentou Southgate. E a atividade cerebral pode ser um dos primeiros passos de um bebê no mundo social.


Para os bebês, este tipo de atividade cerebral pode formar a base da sua capacidade de começar a participar em atividades de colaboração com os outros, o que e provavelmente uma parte importante no seu processo de aculturação - disse Southgate.


Fonte: JB Online

Sunday, August 2, 2009

Contração Muscular

Videos produzidos pela UFRJ mostrando o processo de contração muscular.


1 Video:



2. Video:




3.Video:





4.Video:




Fonte: DeMeisBio YouTube Channel

Wednesday, July 29, 2009

Dentro Do Corpo Humano : Animação Médica

1.Video Processos diários do coração, da concepção, nervos e inflamações.



    Fonte:Asalamk Channel YouTube

Monday, July 27, 2009

O Corpo Humano Brilha

O corpo humano literalmente brilha, emitindo uma luz em quantidades e níveis muito pequenos que aumentam e diminuem no decorrer do dia, afirmam cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão em artigo publicado esta semana na revista científica Plos One.


Pesquisas já haviam demonstrado que o organismo emite luz visível, mil vezes menos intensa do que podemos perceber a olho nu. Na realidade, praticamente todos os seres vivos emitem uma luz muito fraca, o que se acredita ser um subproduto de reações bioquímicas envolvendo os radicais livres. Esta luz visível difere da radiação infravermelha - uma forma de luz invisível - que vem o calor do corpo.

Para saber mais sobre essa fraca emissão de luz visível, os cientistas japoneses trabalharam com cameras extraordinariamente sensíveis, capazes de detectar um único foton. Cinco voluntários sadios do sexo masculino foram colocados em frente das câmeras em quartos em completa escuridao com seus peitos nus. A exposição foi realizada de três em três horas durante 20 minutos - das 10 as 22 horas - por três dias.

Os cientistas descobriram que a luz emitida pelos corpos aumentou e diminuiu ao longo do dia, com a intensidade mais fraca as 10 horas e mais alta as 16 horas, caindo progressivamente depois desse horário. Estas descobertas sugerem que as emissões de luz estao ligadas ao nosso relogio biológico, provavelmente devido a forma como os nossos ritmos metabólicos flutuam ao longo do dia.

Outro fato descoberto no estudo e que o nosso rosto brilha mais do que o resto do corpo. Segundo os pesquisadores, isto pode acontecer porque o rosto normalmente e mais bronzeado que o restante do corpo - pois e mais exposto a luz solar. A melanina, pigmento da pele, tem componentes fluorescentes que poderiam reforçar essa produção de luz.


O pesquisador Hitoshi Okamura, biólogo da Universidade de Kyoto, afirma que uma vez que a produção desta fraca luz esta ligada ao metabolismo do organismo, este estudo indica que câmeras que detectam essas emissoes poderiam ajudar a detectar condições médicas.

Se você puder ver essa trêmula luminosidade da superfície do corpo, você poderá ver toda a condição corporal - disse o pesquisador Masaki Kobayashi, biomédico do Instituto de Tecnologia em Sendai, no Japão, que também participou do estudo.

Fonte: JBOnline

Thursday, July 23, 2009

Plasticidade Cerebral

O neurocientista Michael Merzenich fala sobre um incrível poder do cérebro: sua habilidade de se reconectar de maneira ativa. Ele estuda maneiras de aproveitar a plasticidade cerebral para melhorar nossas habilidades e recuperar funções perdidas.

Video:


Fonte: Ted

Monday, July 20, 2009

Embrapa Promove Projeto Para Estimular O Consumo De Frutas, Legumes E Hortaliças



Pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos querem estimular no brasileiro o hábito de comer frutas e hortaliças que, atualmente, esta muito abaixo do total recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que e de 400 gramas por pessoa, no mínimo, por dia. 


O consumo médio por brasileiro e de apenas um terço dessa quantidade recomendada pela entidade.

Para isso, a Embrapa Agroindústria de Alimentos desenvolveu um projeto de promoção do consumo de frutas, legumes e hortaliças (FLV). 

A coordenadora do projeto, Virginia Matta, informou que o projeto pretende estimular o consumo desses alimentos por meio da distribuição de livretos educativos, em uma ação que abrange as famílias, escolas e creches, pontos de venda e empresas. Inicialmente, a ação será desenvolvida em Guaratiba, na zona oeste do Rio.

Virginia Matta disse que a população brasileira, de um modo geral, ainda não percebeu os benefícios que a ingestão de frutas e hortaliças traz para a saúde. "É preciso levar as pessoas o conhecimento de como e fundamental, cada vez mais, o consumo de frutas, legumes e verduras para a promoção e a manutenção da saúde". O projeto FLV busca promover uma mudança de hábito no brasileiro.
Segundo Virginia, a ingestão desses alimentos protege o organismo contra deficiências de vitaminas e minerais e aumenta a resistência as infecções.


Hoje já se sabe que esse é um dos principais fatores de risco para doenças não transmissíveis, as doenças crônicas, como doença cardiovascular, diabetes, obesidade e alguns tipos de cancer. O não consumo ou o consumo abaixo do recomendado é um dos dez principais fatores de risco para essas doenças. Se você não consome, está mais sujeito a essas ocorrências – revelou.

Com base na última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Virginia afirmou que o consumo de frutas e hortalicas e baixo em todo o país, independente da classe de renda.

A gente sabe que a diferença é maior nas classes mais baixas. Mas mesmo as classes média e alta tem consumo ainda abaixo do recomendado. Isso decorre principalmente da falta de hábito e de um problema de desinformação – explicou.

O projeto "Construção de uma estratégia de intervenção em nível local para a promoção do consumo de frutas, legumes e verduras (FLV)" engloba três livretos, que são dirigidos aos professores, agentes de saúde e gestores escolares. Uma das dicas apresentadas e substituir no consumo de sopas, no dia a dia, parte da batata, inhame e aipim por chuchu, cenoura, couve e abobrinha. Os pesquisadores sugerem tambem que se reduza a quantidade de sal e de temperos prontos nos alimentos, trocando-os por limão e ervas, entre as quais a salsa, cebolinha, manjericão e orégano.

Fonte: JBOnline

Thursday, July 16, 2009

O Mundo Vegetariano



Os primeiros 5 minutos do documentario " The Vegetarian World " feito no início da década de 80 (com legendas em português), aborda uma visão geral da história e das práticas do vegetarianismo pelo mundo. Nos vemos filmagens de arquivo de vegetarianos famosos como Leo Tolstoy, George Bernard Shaw entre outros.





Video:



Fonte: YouTube

Tuesday, July 14, 2009

Música Pode Ajudar O Coração E A Circulação


Pesquisadores da Universidade de Pavia, na Itália, afirmam que o tipo certo de música pode desacelerar o coração e abaixar a pressão sanguínea.

Músicas vibrantes como Nessun Dorma, de Puccini, que é cheia de crescendos e diminuendos, são melhores para ajudar na reabilitação em casos de derrames, de acordo com os estudiosos.
Melodias com ritmo mais acelerado aumentam os batimentos cardíacos, o ritmo respiratório e a pressão sanguínea. Já a música com ritmo mais lento gera o efeito contrário nos pacientes, segundo os pesquisadores.
A música já é usada em muitos hospitais britânicos por uma terapia barata e fácil de aplicar e também por gerar efeitos físicos perceptíveis no organismo, além de ter um impacto positivo no humor do paciente.
O estudo dos pesquisadores italianos foi publicado na revista especializada Circulation.

Respostas as músicas

O médico Luciano Bernardi e sua equipe de pesquisadores da Universidade de Pavia pediram a 24 voluntários saudáveis que ouvissem cinco faixas de músicas clássicas, escolhidas aleatoriamente, e monitorassem as respostas de seus corpos.
Entre as músicas escolhidas estavam a Nona Sinfonia de Beethoven, uma área de Turandot, de Puccini, a Cantata nº 169 de Bach, Va Pensiero, da ópera Nabuco, de Verdi, e Libiam Nei Lieti Calici, de La Traviata, também de Verdi.
Cada crescendo destas músicas, um aumento gradual do volume, "estimulava" o corpo e levava ao estreitamento dos vasos sanguíneos abaixo da pele, aumentando a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos, além de provocar um aumento das taxas respiratórias.
Por outro lado, os diminuendos, diminuição gradual do volume, causavam o relaxamento, diminuindo os batimentos cardíacos e diminuindo também a pressão sanguínea.
"A música leva a uma mudança dinâmica e continua - e previsível, até certo ponto - no sistema cardiovascular", afirmou Bernardi. "Essas descobertas aumentam nossa compreensão de como a música pode ser usada na medicina de reabilitação."

Música e Silêncio

Os pesquisadores testaram várias combinações de música e silêncio nos voluntários e descobriram que as faixas que alternam entre ritmos rápidos e mais lentos, como óperas, parecem ser as melhores para a circulação e para o coração.
As árias de Verdi, que seguem frases musicais de dez segundos, parecem se sincronizar perfeitamente com o ritmo cardiovascular natural, de acordo com o estudo.

"Observamos grandes benefícios (do uso da música) para pessoas que tiveram derrames ou ataques cardíacos. O poder da música e simplesmente incrível", afirma Diana Greenman, diretora executiva da organização Music in Hospitals.

A instituição de caridade britânica especializada em levar música ao vivo a hospitais, asilos e casas de repouso, foi criada logo depois da 2ª Guerra Mundial para ajudar os veteranos feridos.

"Já observamos, em pesquisas anteriores, um estado emocional positivo, que pode ser desencadeado ao ouvir música, e que pode ajudar sobreviventes de derrames", disse um porta-voz da associação britânica especializada em tratamento de derrames, Stroke Association.