Monday, September 8, 2008

Pode Um Cérebro Danificado Mudar A Sua Própria Estrutura E Substituir Suas Funções Perdidas?

Em seu novo livro o psiquiatra Norman Doidge alega que o cérebro pode, e isto estaá transformando a neurociência convencional .


Como modelo para a terceira idade ativa, Stanley Karansky é exemplar. Como médico ele trabalhou até os 70 anos. Entediou-se com a aposentadoria , fez uma reciclagem profissional e trabalhou por mais 10 anos. Aos 89 anos ele percebeu que suas palavras estavam se tornando menos fluentes, sua forma de dirigir estava se deteriorando e ele percebeu que estava retrocedendo. Isto o levou, aos 90 anos, iniciar um programa de memória auditiva, jogado no computador, com exercícios de 75 minutos, três vezes por semana por três meses.


Depois de seis semanas, ele começou a se sentir mais alerta, e a deterioração motora e social que ele havia observado começou a inverter.


Não é por acaso que Karansky tem sido um auto educador por toda a sua vida, e que quando ele se envolve em alguma coisa, seja matemática séria, Su Do Ku, ou um período da história, ele dá a sua atenção total. E isto , diz o psiquiatra Norman Doidge, e uma condição necessária para a criação de mudanças no cérebro.


Em seu livro "The Brain that Changes Itself", Doidge argumenta que a descoberta de que os pensamentos podem mudar a estrutura e função dos nossos cérebros - até mesmo em idade avançada - é o mais importante avaço em neurociência, em 400 anos. Sua coleção de casos , Karansky entre eles, é inspirador: pessoas que sofreram acidentes vasculares cerebrais e que tinham sido declaradas incuráveis tem recebido ajuda para restabelecerem-se, problemas de aprendizado foram curados, QIs elevaram-se, traumas e obsessões foram superados. Tambem existem casos de pessoas com 80 anos de idade, cujas funções de memória foram restauradas, e são comparáveis a pessoas 20 anos mais jovens. " É um grande exemplo da plasticidade dos adultos."


Plasticidade é a palavra que Doidge usa para descrever o cérebro maleável.


"Se os cientistas foram lentos para reconhecer as possibilidades da flexibilidade do cérebro, isto é, devido a posição dominante da crença tradicional de que o cérebro, como o coração, é mecanicista. Se o cérebro é uma máquina na qual uma função é controlada por um local, uma função se perde se algum local for destruido." Doidge reconhece que funções específicas estão correlacionadas a locais específicos, mas insiste que isto não exclui a mudança.


Quando pessoas que sofriam lesões cerebrais se recuperavam, as suas melhoras eram explicadas como que de fora. Rotineiramente pessoas que sofriam acidentes vasculares cerebrais ouviam que a melhora a longo prazo nao iria acontecer. A tecnologia para medir as alterações microscópias no cérebro ainda não existia, e a tendência do cérebro de impor padrões estabelecidos - tais como maus hábitos, sotaques - também atenuava contra a possibilidade do cérebro ser flexiíel.


" Basicamente, por muitas centenas de anos a ciência neural entendeu errado. Eu não estou defendendo que o cérebro e infinitamente maleável, estou tentando restabelecer a plasticidade que o cérebro possui.ÉE uma tarefa muito difícil reorganizar o seu cérebro, e em alguns casos, não é possível. Em muitos outros é. "


Livro: The Brain that Changes Itself, Norman Doidge, Penguin


Fonte : TimesOnLine - Health


Videos (ambos em inglês) relacionados ao assunto:

Dr Stanley Karansky






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