Em um novo estudo, exames de ressonância magnética mostram que meditadores podem ser capazes de 'desligar' áreas do cérebro associadas ao autismo e a esquizofrenia.
Problema: A meditção pode auxiliar a lidar com o cancer, a conter a vontade de fumar e prevenir a psoríase. Além disto, sua capacidade de ajudar as pessoas a manter o foco tem sido associada com aumento da felicidade. Pode o entendimento do que acontece no cérebro, quando nós nos sentamos e focamos, nos levar também a pistas de como tratar distúrbios psiquiátricos?
Problema: A meditção pode auxiliar a lidar com o cancer, a conter a vontade de fumar e prevenir a psoríase. Além disto, sua capacidade de ajudar as pessoas a manter o foco tem sido associada com aumento da felicidade. Pode o entendimento do que acontece no cérebro, quando nós nos sentamos e focamos, nos levar também a pistas de como tratar distúrbios psiquiátricos?
Metodologia: Pesquisadores de Yale dirigidos pelo professor assistente de psiquiatria Judson A. Brewer utilizaram exames de ressonância magnética para escanear meditadores experientes e novatos enquanto eles praticavam diferentes técnicas de meditação.
Resultados: Meditadores experientes tiveram diminuição da atividade na rede neural em modo padrão do cérebro - áreas que estão associadas a distúrbios como ansiedade, déficit de atenção, hiperatividade e doença de Alzheimer. Quando esta rede estava ativa, regiões do cérebro associadas com a automonitoramento e controle cognitivo também estavam ativadas em meditadores experientes, mas não em novatos. Isto sugere que os meditadores treinados podem ser capazes de simultaneamente monitorar e suprimir o surgimento de pensamentos sobre o 'eu' e a vontade de sonhar acordado. Em formas patológicas, esses estados são ligados a doenças como autismo e esquizofrenia.
Conclusão: Meditadores experientes parecem ser capazes de 'desligar' áreas do cérebro associadas com devaneios e distúrbios psiquiátricos - tais como autismo e esquizofrenia.
Implicações: Meditadores experientes podem ter desenvolvido uma rede em modo padrão menos autocentrada a qual potencialmente poderia ser explorada em aplicações clínicas. "A preocupação com os pensamentos sobre si é uma marca registrada de muitas formas de doença mental , e a a meditação parece afetar esta condição", disse Brewer em um comunicado. "Isso nos da algumas pistas boas de como os mecanismos neurais nesta situação poderiam estar trabalhando clinicamente."
Fonte: O estudo completo, "A Experiência da Meditação Está Associada a Diferenças de Atividade e Conectividade na Rede em Modo Padrão" (tradução literal), foi publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences, November 23, 2011.
Obs: DMN – Default Mode Network – Rede em Modo Padrão ou Rede neural em estado padrão. A DMN e conhecida como uma rede de regiões do cérebro que são ativadas conjuntamente quando o indivíduo não está focado no mundo exterior e o cérebro está em repouso vigilante ( ou em Alerta durante o repouso) . Pensava-se que o cérebro simplesmente “desligava”. Sabe-se, hoje, através de estudos de ressonância funcional que este “repouso” e um processo ativo com participação de estruturas cerebrais específicas.
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